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O que é MRP, etapas e exemplos de aplicação

Você sabe o que é MRP? A sigla vem do inglês e significa Manufacturing Resource Planning ou, em português, Planejamento de Recursos de Produção.

Trata-se de um software essencial para o sucesso das indústrias, especialmente em uma época marcada pela integração da produção com a tecnologia.

Bastante usado para controle e gestão de recursos, o sistema MRP é um software importante para o cotidiano industrial, especialmente para aquelas organizações que produzem em larga escala.

Mas, afinal, o que é esse sistema e como ele se encaixa dentro das indústrias? Quais as vantagens e desvantagens desta tecnologia? Qual a sua origem?

Para encontrar as respostas para essas e outras questões, é só seguir a leitura!

O que é MRP?

Você já se perguntou sobre o significado de MRP? Essa sigla representa o termo Manufacturing Resource Planning, traduzido como Planejamento de Recursos de Produção. Trata-se de um software projetado para realizar cálculos precisos, aprimorando o controle das quantidades de todos os componentes necessários na fabricação de produtos em um ambiente manufatureiro.

Quando o foco recai sobre a produção de um item, todos os recursos fundamentais entram em jogo: pessoas, materiais, equipamentos, infraestrutura, tecnologia, entre outros. No entanto, independentemente do que esteja sendo fabricado, a gestão eficiente desses recursos é crucial para alcançar resultados ótimos.

O Manufacturing Resource Planning atua como uma ferramenta estratégica, harmonizando a coordenação precisa dos recursos com metas essenciais, como orçamento e prazo, contribuindo para que seu negócio alcance o sucesso na entrega de seus produtos.

O sistema em si realiza cálculos minuciosos de estoques e determina os momentos ideais para adquirir cada item necessário à produção, levando em consideração as demandas específicas e a estrutura da fábrica. Seu propósito principal é manter a estrutura operacional sem excessos ou escassez de materiais.

Dessa forma, esse software desempenha um papel crucial no desenvolvimento de métodos e rotinas, orientando o planejamento estratégico para o uso e aquisição de cada material, além de programar a produção de maneira eficiente.

Explorando as Raízes do MRP: Uma Viagem à sua Origem

O surgimento do Planejamento de Recursos de Produção remonta à década de 1970 e, desde então, tem sido incorporado por diversas empresas em variados setores.

Os sistemas de Manufacturing Resource Planning foram concebidos para administrar o fluxo de informações e materiais entre as distintas partes de uma empresa, proporcionando a capacidade de planejar cronogramas de produção, monitorar níveis de estoque e otimizar a utilização de recursos.

Determinar uma linha do tempo precisa é desafiador, considerando que, a partir do final da década de 1960, as práticas de gestão fabril começaram a se expandir tanto no ambiente empresarial quanto no meio acadêmico.

No entanto, foi especificamente na década de 1970 que o conceito mais amplo de Manufacturing Resource Planning foi elaborado, incorporando módulos (reconhecidos como I e II), CRP (Capacity Requirement Planning), entre outras inovações.

Desvendando o Cálculo do MRP: Uma Abordagem Detalhada

Você já se perguntou como o sistema MRP realiza seus cálculos? Esse sistema, de maneira orgânica, reúne todas as informações disponíveis para criar uma rotina de compra e produção, evitando excessos ou escassez de recursos.

Para efetuar cálculos precisos, o Manufacturing Resource Planning se baseia em três informações fundamentais: demanda, lista de materiais e saldo de estoques.

  • Demanda: refere-se à quantidade de produtos vendidos e às previsões de vendas para um determinado período.
  • Lista de materiais: inclui todos os materiais necessários para a produção de um produto final.
  • Saldo de estoques: representa a quantidade do produto final e de cada material armazenado na empresa.

Com essas informações, o software realiza seus cálculos, indicando ordens de produção e compra de matéria-prima de acordo com as previsões de venda de cada produto.

Além disso, o sistema estabelece um estoque de segurança e pontos de reposição para cada material, reduzindo as chances de perdas ou excessos e fornecendo apoio aos gestores na tomada de decisões de compra e no ritmo de produção dos produtos.

Diferenças Cruciais entre MRP I e MRP II

Quando falamos em Planejamento de Recursos de Produção, é essencial compreender as distinções fundamentais entre o MRP I e o MRP II. Vamos explorar essas diferenças abaixo.

MRP I: O Material Requirements Planning (Planejamento das Necessidades de Material) calcula o que deve ser produzido sem levar em conta a capacidade da fábrica. Ou seja, não avalia se é factível atender à demanda.

MRP II: Por outro lado, o Manufacturing Resource Planning (Planejamento dos Recursos de Produção) considera não apenas a capacidade atual da fábrica, mas também suas estratégias e possibilidades com base nos dados previamente levantados. Essa abordagem mais abrangente leva em conta aspectos críticos para uma gestão eficaz dos recursos de produção.

MRP: Prós e Contras

A implementação de um sistema de Planejamento de Recursos de Produção (MRP) traz consigo uma série de vantagens para as empresas que o adotam. Confira:

Planejamento Assertivo: Com a introdução do Manufacturing Resource Planning, as empresas passam a contar com um planejamento mais assertivo, baseado em dados concretos e eventos nos estoques e na linha de produção. Isso reduz significativamente a probabilidade de ocorrência de problemas e situações urgentes no setor.

Desempenho Eficiente: Ao dispor de informações concisas, o desempenho da empresa é aprimorado, pois suas ações tornam-se ágeis e eficientes. Isso se reflete nas relações com fornecedores, permitindo negociações mais tranquilas de preços e condições. Além disso, os clientes se beneficiam ao terem produtos em estoque de maneira constante, com padrões de qualidade assegurados.

Investimento Enxuto: A adoção de um Manufacturing Resource Planning também resulta em investimentos mais enxutos para a renovação de estoque e produção. O sistema estipula com precisão as quantidades que precisam ser repostas e os prazos para que isso ocorra, evitando gastos desnecessários.

Apesar dessas vantagens, é crucial considerar alguns pontos negativos ao optar por essa tecnologia específica. O MRP, seja na versão I ou II, é uma tecnologia complexa, mais adequada para a fabricação de produtos com estruturas igualmente complexas. Ele atua como um “organizador” para cada entrega, mesmo em processos produtivos instáveis. Essa complexidade demanda investimento e a necessidade de ajustar o fluxo de produção de acordo com as demandas da tecnologia.

Etapas do MRP

A execução eficiente do sistema MRP envolve uma cuidadosa consideração de diversos fatores. Acompanhe as etapas desse processo:

  1. Planejamento da Produção: Esta fase abrange estratégias e dados essenciais, como volume de vendas, custos, lucros, e considera elementos como sazonalidade, ciclo de vida do produto, e aspectos geográficos e de distribuição. A previsão de vendas e seu valor agregado são elementos cruciais a serem considerados nesta etapa.
  2. MPS — Plano Mestre de Produção: Nesta etapa, determina-se o fluxo de produção para cada período, levando em consideração as capacidades da empresa. O Plano Mestre de Produção (MPS) é vital para assegurar que a produção esteja alinhada com a demanda.
  3. MRP — Planejamento das Necessidades de Materiais: Com a aprovação do Plano Mestre, realiza-se o planejamento dos materiais necessários para o período considerado. O MRP (Material Requirements Planning) é crucial para garantir que todos os componentes estejam disponíveis no momento certo.
  4. CRP — Planejamento das Necessidades de Capacidade: Nesta etapa, considera-se a melhor maneira de a produção executar o trabalho, levando em conta possíveis inviabilidades e as capacidades da empresa. O Planejamento das Necessidades de Capacidade (CRP) é fundamental para garantir que os recursos estejam otimizados.
  5. Execução da Produção: Após todos os ajustes e cenários feitos nas etapas anteriores, as ordens de compra, fabricação e entrega são liberadas. Isso garante um fluxo contínuo, sem atrasos ou imprevistos, proporcionando eficiência ao processo produtivo.

Aplicações Práticas do MRP: Exemplos Esclarecedores

 Planejamento de Recursos de Produção (MRP)

Quando se trata de onde aplicar o Manufacturing Resource Planning (MRP) na prática, há uma variedade de contextos nos quais essa tecnologia pode ser extremamente benéfica. Vamos explorar alguns exemplos para aprofundar a compreensão sobre a aplicação desse sistema:

MRP na Fábrica

Para indústrias, o MRP é um sistema fundamental para gerenciar os recursos internos e externos da fábrica, abrangendo materiais, máquinas, pessoal e fornecedores. Composto por software e bancos de dados, o MRP proporciona acesso a informações cruciais sobre produtos e materiais necessários para a fabricação. Este sistema é dividido em três partes principais: gestão de estoque, planejamento da produção e controle da produção.

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Gestão de Estoque: Contém informações detalhadas sobre todos os materiais essenciais para a fabricação. Esse banco de dados facilita o acesso a dados como quantidades disponíveis, preços e datas de entrega dos fornecedores, permitindo que a equipe de Planejamento de Recursos de Produção saiba quando e o que precisará ser encomendado.

Planejamento da Produção: Utilizado para criar um plano detalhado de todas as atividades necessárias para fabricar um produto, desde a encomenda dos materiais até a entrega do produto final ao cliente.

Controle da Produção: Monitora o progresso da fabricação em relação ao plano original, identificando problemas ou atrasos e permitindo correções rápidas. Além disso, facilita o rastreamento dos custos associados à fabricação, fornecendo informações valiosas para tomada de decisões financeiras.

MRP na Logística

Para empresas atuantes na área logística, a implementação do Planejamento de Recursos de Produção (MRP) representa um avanço significativo na organização de seus processos, promovendo a maximização da eficiência operacional e a redução de custos.

Esse sistema desempenha um papel crucial na diminuição do intervalo entre o pedido e a entrega, proporcionando uma visão abrangente dos níveis de estoque e das necessidades de produção. Ao oferecer uma abordagem integrada, o MRP na logística permite a gestão eficiente da carteira de pedidos, possibilitando o gerenciamento preciso das entregas e uma previsão mais acurada da demanda.

Um exemplo notável desse recurso é a capacidade de administrar a carteira de pedidos, permitindo que as empresas gerenciem suas entregas de forma mais eficaz e antecipem com maior precisão as demandas do mercado. Essa abordagem estratégica não apenas agiliza o ciclo entre a solicitação e a entrega, mas também fortalece a capacidade da empresa de atender às expectativas dos clientes de maneira mais eficiente.

MRP na Administração

Em um contexto mais amplo de administração empresarial, a implementação do sistema de Planejamento de Recursos de Produção (MRP) desempenha um papel crucial no gerenciamento eficaz de estoques e na produção alinhada às demandas dos clientes.

Este sistema oferece a capacidade de monitorar de perto os níveis de estoque de materiais e componentes, assim como o progresso da produção em andamento. Esse monitoramento contínuo garante que todos os elementos essenciais estejam prontamente disponíveis quando necessários, evitando lacunas no processo produtivo e assegurando uma resposta ágil às exigências do mercado.

Ao proporcionar uma visão abrangente dos recursos disponíveis, o MRP na administração permite que as empresas otimizem seus estoques, evitando excessos ou escassez desnecessários. Além disso, ao alinhar a produção com as demandas dos clientes, o sistema contribui para a satisfação do cliente, um fator crucial para o sucesso contínuo das organizações.

Determinando o Momento Ideal para Implementar um MRP

Decidir o momento adequado para implantar um sistema MRP em seu negócio é crucial. A tecnologia é particularmente benéfica para empresas com processos produtivos de média a alta complexidade.

Essa solução se destaca como ideal para empresas que lidam com ciclos produtivos diversificados, enfrentando desafios relacionados à movimentação interna de materiais, gestão de compras e controle de custos. Especialmente em linhas de produção complexas, onde a variabilidade de recursos é uma constante, o MRP se revela como a escolha perfeita.

Ao contrário de abordagens mais genéricas, como o uso de um ERP simples, o Manufacturing Resource Planning oferece uma solução específica e focada no chão de fábrica. Portanto, a implementação do MRP é a opção ideal para empresas que buscam um controle mais preciso e eficiente de seus processos produtivos.

Encerrando a Jornada pelo MRP

O MRP, um conceito intricado que se desdobra em uma tecnologia ainda mais robusta, revela-se uma necessidade vital para as indústrias. Sua capacidade de controlar minuciosamente os processos na cadeia de fabricação o torna uma ferramenta essencial.

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